sexta-feira, 10 de outubro de 2025

Destino Onírico

 O berço de todas as falácias

beijos que eu deveria ter pousado

nos lábios dessa loucura intensa,

perdida, esqueci de mim 

e deitei numa cama errada.


Nem boca, nem ouvido, nem voz.

Versos que levam falhas e medos

numa jornada fantástica

dentro de um espelho,

quarto sem janelas, sem portas.


Olhamos para o abismo, eu quero pular.

Olho pra você antes de mergulhar,

não vejo nada além dessa água turva,

não vejo nada além do fundo desse rio,

você é uma lembrança do desejo.


O destino me puxou para o extremo,

afundei sozinha e você ficou a deriva,

as nossas mãos nunca estiveram

segurando as cordas do destino,

ilusão e segredos, a mentira onírica.

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