Escrito em 28 de agosto de 2014, faz 11 anos.
~ Para Rod Mergulhão ~
Sobrenatural é simplesmente surreal, a naturalidade expressada em cada ciclo que se movimenta no infinito azul do Nós. Velejamos pelas constelações das palavras que cantam poesia, ou a falta de poesia no coração dos humanos, demasiado humanos. Somos atraídos pelo forte desejo de sentir cada fragmento desse amor errante, similar ao boêmio que foge dos lugares comuns e comunga com as diversas particularidades que a sociedade despreza por tola ignorância, vaidade e presunção. Como é tola a sociedade, ignorante das belezas do singular amor circular repleto de verdade, como é tola a sociedade, ah, como é tola essa cidade.
Na ilusão de ser mais do que mero pedaço de terra, quer ser fronteira, território, diz até que é cidade, como é tola nessa idade. E cá estamos, querido irmão das palavras, amante dos versos, não digo 'meu' pois tu não eis mero objeto de meu desejo, eis possuidor de si, representador de tua voz, ainda assim, parte de minha alma, é outra metade de mim que nasceu com o raro talento de interpretar, o sobrenatural talento de rimar pensamentos e colorir sentimentos através dos teus sublimes poemas. Dou-te o calor que emana desse amor circulante em 'meu' peito, siga circulando o nosso amor talhado de singular geometria cíclica.
Sobre nada interessante que faça pensar nessas larvas que não conseguem tecer seus próprios casulos e maldizem versos, rimas, amor e a panapaná-cardume. Sobretudo, senti as vibrações de real pureza na totalidade de teus melodiosos versos, por tanto, agradeço-te em demasia a sobrenatural alegria de ler-te poetizar tão rara certeza azulada. Sobre tudo, sobre ser natural, sobre o amor violeta.